Nova espécia humana encontrada!

Uma nova espécie humana pode ter sido descoberta após a análise de fósseis encontrados no Sudoeste da China,. O chamado "Homem do Cervo Vermelho", combina as características físicas modernas e arcaicas e teria vivido há cerca de 200 mil anos atrás. 


Entre as hipóteses de sua origem, essa nova espécie pode ter pertencido a um grupo que teria sobrevivido à Idade do Gelo ou poderia se tratar de uma migração prematura, desconhecida até então do homem moderno fora da África, que não teria contribuído geneticamente para o ser humano atual. Parte do mistério começará a se revelar após a extração do DNA dos ossos para o estudo.


Ainda que estes corpos tenham sido descobertos há quase 23 anos, em 1989, foi só em 2008 quando um grupo de colaboração de seis instituições australianas e cinco chinesas começaram as pesquisas. Antes, em 1979, um geólogo chinês tinha localizado um quarto esqueleto parcial em uma gruta próxima do povoado de Longlin, na região de Guangxi Zhuang.

Estudos posteriores demonstraram o parentesco entre todos os restos. Os crânios e dentes de Maludong e Longlin são muito similares entre si e mostram uma rara mistura de traços anatômicos arcaicos e modernos, bem como algumas características nunca antes vistas na história da antropologia.

O curioso sobre o nome destes ancestrais, se da ao fato de que possivelmente caçavam uma espécie de cervo, agora extinto, e também a do nome do lugar onde seus fósseis foram encontrados, a gruta de Maludong, que significa a gruta do cervo vermelho.

Até agora, nenhum fóssil de menos de 100.000 anos de antiguidade tinha sido encontrado na parte continental da Ásia Oriental que se assemelhasse a qualquer outra espécie que não fosse a nossa (Homo sapiens). Isto indica que nossos primos evolutivos não habitavam a região quando os primeiros humanos modernos apareceram. No entanto, a nova descoberta sugere que isto poderia ter sido diferente.

Na última década, encontraram na Ásia o enigmático Homo floresiensis da Indonésia, também conhecido como o Hobbit, de 17.000 anos de idade e provas de micigenação do humano moderno com os antigos homens de Denisova da Sibéria. Agora, a descoberta do "homem do cervo vermelho", abre um seguinte capítulo na história da evolução humana, o da Ásia, e ao que parece é uma história que acaba de começar a ser contada.


Comparação genética

Por enquanto, Krause, Pääbo e os seus colegas não sequenciaram ainda o ADN do núcleo das células, mas apenas o ADN mitocondrial do fóssil desenterrado em 2008 na Gruta Denisova – a ponta do osso de um dedo mínimo (não sabem se da mão esquerda ou direita) que terá pertencido a uma criança de cinco a sete anos de idade.

O ADN mitocondrial é um pequeno anel de material genético que se encontra dentro das mitocôndrias – as baterias das células – e que existe em muito maiores quantidades do que o resto do ADN. Utilizando técnicas de ponta desenvolvidas por estes mesmos cientistas para estudar o ADN dos Neandertais e de outras espécies extintas, foi possível ler cada “letra” desse ADN mitocondrial 156 vezes – tornando a probabilidade de erros de leitura extremamente remota. A seguir, os cientistas compararam esse ADN mitocondrial com o de 54 seres humanos actuais, um homem moderno que viveu há 30 mil anos, seis Neandertais, um bonobo e um chimpanzé. E, como escrevem na Nature, constataram que enquanto a sequência dos Neandertais difere da do homem moderno em 202 posições (ou “letras” do ADN mitocondrial), a sequência vinda do dedo da nova espécia achada difere em 385 posições. “É duas vezes mais distante de nós do que a dos Neandertais”.


fonte: via

Confira mais links...